Saudade do Dia de Minha Mudança

Depois de dois anos de casado, troquei o memorável Distrito de Ivaté, pelo Distrito de Vera Cruz do Oeste, (hoje município) Em fim o dia de minha primeira mudança de casa chegou.

"DE MALA E CUIA"

Pegamos o que tínhamos de objetos de uso na lavoura, a saber: ferramentas como: o traçador, a peneira, o rastelo, o rodo, o machado, a enxada, a foice, a cunha e a mareta, a máquina de plantar, a moringa D'Água, o serrote, ferros de cortar arroz, o martelo, o alicate, o facão de extrair tabuinhas, o engenho de cana, o varal de enxugar roupas, mudas frutíferas, cereal para a despesa, e animais como: porcos, galinhas, o cambão, o cachorrinho de estimação, a espingarda, o pilão, uma gatinha preta, etc.  O destino da mudança ocorreu no dia 27 de dezembro do ano de 1972. 
Viajamos a noite inteira rumo a nossa nova comunidade intitulada de, “Água da Jacutinga”. 

Foram 8 h/ de viajem e de intermitentes pesadelos, pois, de Ivaté à Vera Cruz do Oeste, há uma distância geográfica em torno de 250/km. Tudo isso era feito a céu aberto (ver imagem). 

Embora haja exceções, uma das coisas que eu considero entre as mais assustadoras, é o hábito de estar sempre mudando de um lugar para o outro (nada contra) ou de uma cidade para outra. 

A maioria das mulheres detesta mudar de casa. 

O medo de mudar se refere ao medo do desconhecido e que surge da nossa imaginação – imaginar o quanto será difícil à adaptação ao novo lugar. 

Vejam-bem, em 45 anos de casado esta foi a primeira mudança que fiz. Tomara que esta seja a última. Espero em não quebrar o tabu.

Lembrando que a carregamento da mudança fora organizado por amigos e vizinhos que ofereceram seus préstimos para execução deste trabalho.