A princípio fiquei na dúvida onde publicar essas memórias, mas depois pensando melhor achei que deveria contá-las em minha história.
Esta era a cultura dos nossos antepassados, foram coisas da antiguidades que, talvez você não tenha oportunidade de conhecê-las. .Este pote de barro (ver imagem) ele foi por muitos anos a fio designado como a geladeira da casa
Eu tenho saudosas recordações de minha avozinha que viveu 92 anos.
Todas as vezes que me lembro desta saudosa criatura, as lágrimas descem fáceis.
Dentre as várias coisas que ela tinha na sua casinha simples, o destaque vai para uma lamparina de querosene, uma gamela, um cachimbo, e um pote de barro para armazenar água potável. Só pra ter uma ideia, esse pote de barro aturou 60 anos.

SAUDADES DO MONJOLO E SUAS MEMÓRIAS
Monjolo é uma máquina rudimentar, movida a àgua, onde há dusa peças distintintas e principais: o pilão--que soca os grãos; e a haste.
A agua movimenta o pilão . Esta chega através de uma calha, cai no cocho e quando ele fica cheio abaixa o com peso da água elevando a haste.
Assim que a água escorre a haste desce pesadamente, socando o que esteja no pilão.
Os materiais utilizados serão simples, sendo que vários deles podem ser substituidos por outros para produzir o mesmo efeito. Chamam de "abismo" o poço que fica sob o rabo do monjolo...é um inferno de àgua fria. O monjolo é o "trabalhador sem jornal" ; como diziam antigamente, sem nenhum ganho. "Trabalhar de graça, só monjolo".
EXPERIÊNCIA QUE MARCOU ÉPOCAS.
Por muito tempo tive em minha propriedade, um bom relacionamento com um monjolo pequeno. Com ele a gente descascava o arroz, fazia fubá, quebrava os grãos de milho para fazer canjica e quirelinha para tratar dos porcos e das galinhas.
Depois de algum tempo passei a adotar a máquina industrializada para o beneficiamento do arroz comercial.
Hoje, embora esquecido no meio rural, o monjolo também entrou para a galería de decoração de ambientes de objetos rústicos.
Mas, as batidas do monjolo até hoje, da minha mente ainda não saiu.



Não da para imaginar as crianças que ainda vão nascer sem a graça de ver, ou curtir as memórias de seus ancestrais.
ResponderExcluirParabéns, seu José Pimenta dos Reis, esperamos que você persiga essa missão de paz voltada para o mundo da recordação.
Por favor, continue o seu trabalho; e mostre para o mundo virtual globalizado, que no Brasil, fazer decoração de ambiente com objetos rústicos, já virou moda.
Jamais me esquecerei de um antiquíssimo monjolo que fora construído pela engenharia da zona rural, lá na antiga fazenda onde fui criado. Com certeza, esse monjolo, hoje, náo existe mais. Ocorre que as batidas daquele monjolo, ficaram internalizadas na minha mente.
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