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sexta-feira, 16 de junho de 2017

Saudade do Meu Fogão Caipira


Enquanto escrevo, minha imaginação trabalha e me leva a relembrar do ambiente onde fui criado.
Neste momento, visualizo famílias e amigos reunidos em volta de um fogão à lenha num dia frio, Comida caseira; o fogo ardendo e estalando a lenha. Um gosto especial. A comida de fogão à lenha é diferente, não só pelo gosto, mas pelas lembranças e emoções que ela traz.
Lembro-me. Eu tinha 12 anos de idade e via mamãe cozinhando em um fogão caipira. Mamãe nunca deixava fogo apagar e, a cada manhã, ela fazia por untar na boca do fogão, um pau de lenha a mais; e isto era o bastante para revigorar o fogo. 
Mesmo aqui na roça hoje, é uma raridade você encontrar esse aliado das famílias do campo; esse artefato que marcou épocas, cuja história e recordação nem mesmo o tempo pode apagar. 

É como disse o letrista de música caipira; ó que saudade "matadeira!". 

Aliás, coisas simples da vida que ficaram registradas na memória, e na história, devido ao sabor único que esse tipo de fogão dava aos alimentos.

É sabido que hoje o fogão caipira virou objeto de decoração rústica também.
algumas famílias ainda constroem esse fogão, com requintes de modernidade e luxo para usar especialmente no inverno, exibindo uma bela peça decorativa na casa.


A PESSOA QUE NÃO RECORDA NÃO VIVE. APENAS VEGETA-SE.
Aqui no sitio, eu sempre tive lenha a contento.  Minha esposa aproveitava o fogo do fogão, para assar o milho verde na braza; e ainda, na chapa do fogão ela assava a polenta e o bijú de polvilho preparado com torresmo; tudo isso para reforçar o café da manhã.
Não gosto nem de alembrar dessas iguarias; pois, me da água na boca. Engana-se aquele que acha que é só Deus quem mata; digo o que sinto: a saudade mata também.
Tudo era uma delicia, fruto do trabalho de minha família no próprio sitio.


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