Antes da geada
Depois da geada

Talvez
tenha sido a Geada Negra de 1975, o maior golpe da história na economia
e na sociedade do Paraná, um acontecimento que precisa ser estudado,
explicadas as suas consequências
Quatro anos se passaram com a minha lavoura de café onde os troncos estendiam seus longos galhos cobrindo todo o terreno.
Depois da geada

Talvez
tenha sido a Geada Negra de 1975, o maior golpe da história na economia
e na sociedade do Paraná, um acontecimento que precisa ser estudado,
explicadas as suas consequências
Quatro anos se passaram com a minha lavoura de café onde os troncos estendiam seus longos galhos cobrindo todo o terreno.
Portanto, o inesperado estava por vir. O dia 18/07 do ano de 1975 foi
na época “condecorado” pelo Sistema de Meteorologia do Estado do Paraná
(SIMEPAR) como o dia mais frio e também o da maior geada vista dos
últimos 50 anos passados, aonde a temperatura ambiente em alguns lugares
chegou a 10 graus negativos.
Esta noite gélida e interminável chegou ser batizada de “a noite da escassez do cobertor”.
E a geada veio. Não geadinha fraca de todos os anos, mas geada
maiúscula, trazida em ondas do sul. A sensação térmica da temperatura
ambiente, era algo apavorante. O gelo na superfície da terra era
algo muito bem trabalhado, dava a impressão de um bolo de biju
esbranquiçado e recheado de escamas, agulhas, pernas, leques e
perfilados. Desta feita, até a água da torneira congelou. As plantações, os
cafezais e algumas árvores frutíferas não resistiram aos rigores da
baixa temperatura. E em razão da forte geada, a mãe natureza decretou
luto oficial por tempo indeterminado. Olhando da janela, pude
contemplar uma paisagem um tanto sinistra, porém decorada a capricho,
propiciada pela artesã e mãe natureza. Agora podia ver também os raios
louros e tímidos do sol acariciando com leveza o branco inocente da
geada, algo semelhante a uma mantilha branca onde o vento gélido,
consternado, rodopiava e confortava os campos desolados. Parecia um véu
branco a vestir as noivas. Noiva de morte. Ai. “Que barbaridade! Gelo pra pinguim nenhum botar defeito”.
Tomar café com um amigo: uma das melhores terapias do mundo! 
RIMANDO.
ResponderExcluirQuando me lembro desta geada
Maiúscula de 1975,
Chego até me dar arrepios;
Parece que o frio;
Daquela noite gelida
E interminavel,
do mes de agosto,
Do meu corpo não saiu.