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sexta-feira, 16 de junho de 2017

1975 - Recordando a Geada na Minha História

Antes da geada
                                                                                                                      Depois da geada                                                                                    


Talvez tenha sido a Geada Negra de 1975, o maior golpe da história na economia e na sociedade do Paraná, um acontecimento que precisa ser estudado, explicadas as suas consequências
Quatro anos se passaram com a minha lavoura de café onde os troncos estendiam seus longos galhos cobrindo todo o terreno.
Portanto, o inesperado estava por vir. O dia 18/07 do ano de 1975 foi na época “condecorado” pelo Sistema de Meteorologia do Estado do Paraná (SIMEPAR) como o dia mais frio e também o da maior geada vista dos últimos 50 anos passados, aonde a temperatura ambiente em alguns lugares chegou a 10 graus negativos.
Esta noite gélida e interminável chegou ser batizada de “a noite da escassez do cobertor”. 
E a geada veio. Não geadinha fraca de todos os anos, mas geada maiúscula, trazida em ondas do sul. A sensação térmica da temperatura ambiente, era algo apavorante.  O gelo na superfície da terra era algo muito bem trabalhado, dava a impressão de um bolo de biju esbranquiçado e recheado de escamas, agulhas, pernas, leques e perfilados. Desta feita, até a água da torneira congelou. As plantações, os cafezais e algumas árvores frutíferas não resistiram aos rigores da baixa temperatura. E em razão da forte geada, a mãe natureza decretou luto oficial por tempo indeterminado. Olhando da janela, pude contemplar uma paisagem um tanto sinistra, porém decorada a capricho, propiciada pela artesã e mãe natureza. Agora podia ver também os raios louros e tímidos do sol acariciando com leveza o branco inocente da geada, algo semelhante a uma mantilha branca onde o vento gélido, consternado, rodopiava e confortava os campos desolados. Parecia um véu branco a vestir as noivas. Noiva de morte. Ai.  “Que barbaridade! Gelo pra pinguim nenhum botar defeito”.


Tomar café com um amigo: uma das melhores terapias do mundo! 

Um comentário:

  1. RIMANDO.

    Quando me lembro desta geada
    Maiúscula de 1975,
    Chego até me dar arrepios;
    Parece que o frio;
    Daquela noite gelida
    E interminavel,
    do mes de agosto,
    Do meu corpo não saiu.

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